O Observatório Sírio de Direitos Humanos divulgou que pelo menos 224 civis foram mortos durante a primeira semana do Ramadã,
na Síria. As celebrações começaram no dia 6 de junho e durante o
período de 28 dias, os muçulmanos se dedicam à renovação da fé, práticas
de caridade, união familiar, visitas a lugares sagrados, leitura do
alcorão e observação rígida do jejum. "A santidade do mês do Ramadã não
conseguiu dissuadir perseguidores para que cessem violência contra os
civis sírios", lamentou em comunicado o Observatório, conforme a
reportagem.
Os atuais conflitos do Oriente Médio também
ofuscaram o verdadeiro sentido dessa data. Nas cidades onde há a
celebração do Ramadã, faltam alimentos e os preços sobem muito. É um mês
onde os praticantes se abstém de comidas e bebidas, mas isso somente
até o pôr do sol, depois disso, começam os banquetes onde famílias e
amigos se reúnem para fartas refeições. Para os cristãos sírios, que
estão de fora dessa realidade, é um contraste ver essa festa acontecendo
em meio à guerra.
Há muitas famílias ainda fugindo para
acampamentos improvisados, onde não há eletricidade e nem mesmo água
potável ou alimentos. Tanto cristãos quanto muçulmanos vivem em
condições precárias por conta da guerra. E a violência continua. Das 224
vítimas, 18 pessoas morreram pela artilharia do regime de Damasco, 15
civis em bombardeios aéreos da coalização internacional, 12 em ataques
de facções rebeldes islâmicas, 13 em ataques de carro-bomba, 4 por
disparos dos guardas turcos que ficam nas fronteiras, além disso, houve
mortes por torturas em centros de detenção, execuções e omissão de
socorro.
Ore por essa nação.
em: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2016/06/mais-de-200-mortos-no-inicio-do-ramada
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