“A frustração para aqueles de nós que têm apelado por compaixão às
vítimas Sírias por muitos meses é que, a comunidade Cristã mais uma vez é
deixada no fundo do poço… A Grã-Bretanha devia dar prioridade aos
Cristãos Sírios…”
Um dos poucos resquícios de sanidade com relação à Crise de Migrantes
na Europa, Lord Carey tempera compaixão com avaliação “lúcida” dos
riscos da imigração Muçulmana em massa; e apela para um “renovado
esforço diplomático e militar para esmagar a ameaça gêmea do Estado
Islâmico (ISIS) e al-Qaeda de uma vez por todas.”
“A Grã-Bretanha tem o dever de resgatar os Cristãos da Síria,” por George Carey, The Telegraph via AINA, 06 de setembro de 2015:
Os acontecimentos dramáticos e
perturbadores dos últimos dias introduziram uma nova dimensão de cortar o
coração diante da crise de refugiados. Sem dúvida, o aspecto mais
inquietante é o quão impotente a Europa está provando ser. Se a União
Europeia não for resiliente diante desse desastre, ela poderá ser
dilacerada.
Não posso deixar de pensar no slogan do
Corporal Jones “Não entre em pânico!” Até mesmo os Alemães estão em
pânico, como a Angela Merkel, quando numa tentativa desesperada de
convencer seus colegas líderes Europeus a aceitarem cotas obrigatórias,
declarou estar aberta a temporada para até 800.000 Sírios entrarem na
Alemanha.
Não é um pouco rico para os Alemães
criticarem outras nações, incluindo a Grã-Bretanha, por não aceitar os
refugiados? Durante anos, nossa terra recebeu consistentemente e de
coração aberto, mais requerentes de asilo do que a Alemanha.
Além disso, seria um erro dar lugar a
cobranças intimidatórias para imediatamente abrir nossas portas para
dezenas de milhares de refugiados. Somos uma pequena ilha e os números
recentes de imigração são altamente perturbadores. No ano passado, um
valor líquido de 330.000 pessoas se estabeleceram entre nós, mais do que
a população de Sunderland. Imagine se continuar assim, ano após ano.
Infelizmente, o sinal de que a Alemanha
está abrindo suas portas para esse afluxo, fará da Europa um ímã ainda
mais atraente para aqueles que são os verdadeiros refugiados, mas também
aos migrantes econômicos, sendo que a maioria são homens jovens que
viajam sozinhos. Nós nem sequer sabemos quantos deles foram combatentes
na guerra civil.
Se alguma das coisas que digo soa dura ou,
Deus nos livre, um pouco anticristã, fique claro que me congratulo com o
anúncio de David Cameron para permitir que outros milhares entrem na
Grã-Bretanha através de campos de refugiados dos países vizinhos da
Síria. Em longo prazo, essa estratégia irá cortar os traficantes e
reduzir o risco de viagens marítimas e terrestres.
Mas a frustração para aqueles de nós que
têm apelado por compaixão às vítimas Sírias por muitos meses, é que a
comunidade Cristã ficou mais uma vez deixada no fundo do poço.
De acordo com a Barnabas Fund, uma
instituição de caridade que reassentou recentemente cerca de 50 famílias
Cristãs Sírias na Polônia, o Sr. Cameron inadvertidamente discriminou
as comunidades Cristãs, muito mais vitimizadas pelos açougueiros
desumanos conhecidos como Estado Islâmico (ISIS). Os Cristãos não serão
encontrados nos campos da ONU, porque foram atacados, perseguidos pelos
Muçulmanos e enviados para longe deles. Eles estão buscando refúgio em
casas particulares, Igrejas, vizinhos e familiares.
Eles são as vítimas mais vulneráveis e
repetidamente atacadas desse conflito. De fato, cem anos após o
genocídio Armênio e Assírio, quando mais de um milhão de Cristãos
estima-se terem sido mortos pelos Muçulmanos Otomanos, o mesmo está
acontecendo hoje na forma de limpeza étnica de Cristãos na região. Os
Cristãos têm sido crucificados, decapitados, estuprados, e submetidos à
conversão forçada. Os chamados grupos radicais do Estado Islâmico (ISIS)
entre outros, estão glorificando abertamente o massacre de Cristãos.
A Grã-Bretanha deveria dar prioridade aos
Cristãos Sírios, porque eles são um grupo particularmente vulnerável.
Além disso, somos uma nação Cristã com uma Igreja tradicional, de modo
que os Cristãos Sírios não encontrariam nenhuma dificuldade de
integração. As igrejas já estão bem preparadas e ansiosas para
oferecerem apoio e alojamento àqueles que estão fugindo do conflito.
Alguns não vão gostar de mim por dizer
isto, mas nos últimos anos, tem havido muita imigração Muçulmana em
massa para dentro da Europa. Isso resultou em guetos, comunidades
Muçulmanas que vivem vidas paralelas à sociedade dominante, seguindo
seus próprios costumes e até mesmo suas próprias leis. Não estaria na
hora dos países do Golfo, ricos em petróleo, abrirem suas portas aos
milhares de Muçulmanos que estão fugindo de conflitos? Certamente, se
eles estão preocupados com os companheiros Muçulmanos, que preferem
viver em países de maioria Muçulmana, então eles têm a responsabilidade
moral de intervir.
É claro, e com toda razão, que a Europa
acordou diante da dimensão do sofrimento humano na Síria. É igualmente
certo que os nossos instintos compassivos irão nos conduzir a financiar e
fazer campanha para as vítimas inocentes do conflito. Mas a compaixão
deve ser realista e lúcida.
Como uma União Europeia, devemos estar
preparados para fechar as portas a um grande número de migrantes
econômicos e devolvê-los aos seus países. Um processo adequado de
registro deve ser realizado, de preferência em campos de refugiados nas
fronteiras da Europa. E se os números ficarem muito grandes,
precisaremos estar preparados para receber os refugiados, a título
provisório e temporário, revendo o seu estado periodicamente até que
eles possam voltar para casa.
Não é o suficiente enviar ajuda aos campos
de refugiados no Oriente Médio. Precisa haver um esforço militar e
diplomático para esmagar as ameaças gêmeas do Estado Islâmico (ISIS) e
al-Qaeda de uma vez por todas. Não se engane: isso pode
significar ataques aéreos e outras formas de assistência militar
Britânica para criar enclaves protegidos e seguros na Síria.
Lord Carey é um ex-Arcebispo de Canterbury.
Por RALPH SIDWAY, em https://tiaocazeiro.wordpress.com/2015/09/08/o-ex-arcebispo-de-canterbury-adverte-contra-a-imigracao-em-massa-muculmana-para-a-europa/
Tradução: Sebastian Cazeiro
em: 8 de Setembro de 2015
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