Embora, o tribunal do Sudão decidiu que não há provas suficientes
para acusar os dois pastores sul-sudaneses por espionagem, uma acusação
que acarreta em pena de morte, na audiência, que foi realizada em
Cartum, o tribunal decidiu que os pastores devem ser julgados por sete
crimes diferentes, incluindo conspiração criminosa, espionagem, promoção
de ódio entre seitas, blasfêmia, obtenção de documentos oficiais, por
minar o sistema constitucional e perturbação da paz.
Segundo informações do site cristão Christian Post, dois
destes crimes podem também levar à pena de morte. De acordo com o Centro
Americano para Lei e Justiça, a maioria das listas de provas contra
estes pastores está acessível ao público. As acusações foram baseadas em
poucas evidências, um mecanismo que o governo do Sudão tem utilizado
para perseguir os cristãos.
Ashagrie, analista da Portas Abertas, explica: "Que os dois pastores
devem enfrentar o julgamento, disto não há dúvidas, quem está
familiarizado com a atitude do governo do Sudão, sabe disso. O governo
sudanês tem perseguido os cristãos sob o pretexto de execução das leis
de apostasia e blasfêmia, muitas vezes, apenas porque eles serem
cristãos”.
A situação é ainda mais grave porque o Judiciário do país não é
independente e, muitas vezes, acata as instruções do Serviço de
Inteligência e Segurança Nacional (NISS). “Existe também um conflito, no
sul do Sudão, por causa dos combates entre o Exército Popular de
Libertação do Sudão (SPLA), do norte e o governo de Cartum. Juntando
todos estes conflitos que ocorrem no país, onde houver cristãos, são
eles que serão acusados por participarem de conspirações criminosas e
minar o sistema constitucional”, finaliza Ashagrie.
em: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2015/07/pastores-sudaneses-serao-julgados-por-crimes-contra-o-estado
em: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2015/07/pastores-sudaneses-serao-julgados-por-crimes-contra-o-estado
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