Por: Atlas Obscura
9 de maio de 2014 às 16:59
9 de maio de 2014 às 16:59
matéria extraída de: http://gizmodo.uol.com.br/mosteiro-sao-simao/
Grandes comunidades cristãs não são
muito comuns no Egito islâmico, mas um dos grupos mais populosos é o dos
catadores de lixo Zabbaleen, que mantiveram suas crenças coptas e se
estabeleceram como a maior igreja cristã no Oriente Médio, no Mosteiro de São
Simão.
Os Zabbaleen (palavra que significa literalmente
“pessoas do lixo”) vivem em uma vila na base dos rochedos Mokattam desde cerca
de 1969, quando o governador do Cairo decidiu mover todos os catadores de lixo
para um único acampamento. A maioria dos catadores eram cristãos Coptas, e
conforme eles continuaram crescendo em número ao longo dos anos, criou-se a
necessidade de uma igreja centralizada. Em 1975, a primeira igreja cristã foi
construída na aldeia, mas após um incêndio, foi iniciado um trabalho para criar
um monastério no penhasco.
O Monastério de São Simão é o resultado deste novo
projeto. Simão, o Curtidor, foi um santo artesão que viveu durante o século 10,
e a igreja na caverna foi dedicada a ele. Usando uma caverna pré-existente e a
encosta que dava para ela, o mosteiro atual tem capacidade para 20.000 pessoas
ao redor de um púlpito central. Outras cavernas próximas também foram construídas
em espaços separados da igreja e todas elas são ligadas para criar um enorme
complexo cristão no coração da cidade de lixo.
Como o turismo em uma vila de
catadores de lixo não é algo lá muito atrativo, chegar ao Mosteiro de São Simão
não é muito simples, mas ainda assim, como a maior igreja cristã próxima a
diversos países, centenas de milhares de pessoas peregrinam para ela todos os
anos.
Escrito
por Eric Grundhauser, este
artigo foi um pouco modificado em relação ao original publicado na Altas Obscura, o principal guia para
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