terça-feira, 30 de agosto de 2016

Sheik afirma que Injil eTorá não foram corrompidos

(Texto extraído do site da Frontiers Brasil)
Texto escrito pelo Sheik Dr. Mustafa Rashid, professor da Lei da Sharia e ganhador do título (Alem) da Universidade de Al-Azhar, Faculdade da Sharia, branch of Damanhur.
Continuamos a corrigir as interpretações e equívocos do Nobre Alcorão e os propósitos da Lei Sharia. Isto acontece pela falta de visão compreensiva do livro todo, por desentendimento ou até pela deficiência da mente. Isto também pode resultar de opiniões pessoais, de caprichos ou fantasias de nossos ex-sheiks. Estamos fazendo isso para confrontar aqueles que lucram com a religião pela ignorância, ou para ganhar poder, ou satisfazer interesses pessoais e desejos, ou pela natureza má e violenta que há neles. É por isso que nos esforçamos para fornecer opiniões e Fatwa (i.e. pronunciamento legal no Islão emitido por um especialista em lei religiosa).
Em resposta a questão que veio a nós pelo nosso website, do General Mohamed Mahmoud, que perguntou nossa opinião sobre a questão do corrompimento do Injil (novo testamento) e da Torá.  Quando aconteceu o corrompimento? Qual foi a razão disso? E por que Deus deixou que isso acontecesse?
Em resposta, podemos dizer que os versos do Alcorão sobre o assunto são: Surata A vaca 2:75 (Aspirais, acaso, a que os judeus creiam em vós, sendo que alguns deles escutavam as palavras de Deus e, depois de as terem compreendido, alteravam-nas conscientemente?)
E o verso na Surata As mulheres 4:46 (Entre os judeus, há aqueles que deturpam as palavras, quanto ao seu significado. Dizem: Ouvimos e nos rebelamos. Dizem ainda: “Ismah ghaira mussmaen, wa ráina, distorcendo-lhes, assim, os sentidos, difamando a religião.)
E o verso na Surata A mesa servida 5:13 (Porém, pela violação de sua promessa amaldiçoamo-los e endurecemos os seus corações. Eles deturparam as palavras [do Livro] e se esqueceram de grande parte que lhes foi revelado)
Olhando para estes versos, estando consciente do significado e propósito do alcorão inteiro, e da biografia de seu mensageiro e também a razão de dar os versos, o vocabulário, seus significados e gramática, descobrimos que esses versos falam daqueles que deslocaram palavras de seus lugares certos –referindo-se a Judeus e clérigos cristãos, não aos livros. São pessoas que distorcem as palavras de Deus com a torção de suas línguas. Os versos do Alcorão não se referem, de forma alguma, ao texto da Injil nem ao texto da Torá. Estes textos se referem aos erros de Judeus e Cristãos na proclamação da mensagem.
Para provar nossa interpretação, citamos a Surata O gado 6:34 (Já outros mensageiros, anteriores a ti, foram desmentidos; porém, suportaram abnegadamente os vexames e os ultrajes, até que Nosso socorro lhes chegou. Nossas decisões são inexoráveis; e conheces a história dos Nossos mensageiros anteriores.)
Também no verso da Surata O gado 6:115 (As promessas do teu Senhor já se têm cumprido fiel e justiceiramente, pois Suas promessas são imutáveis, porque ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo.)
E na Surata Jonas 10:64 (Obterão alvíssaras de boas-novas na vida terrena e na outra; as promessas de Deus são imutáveis. Tal é o magnífico benefício.)
E também na Surata A Pedra 15:9 (Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador [contra a corrupção]).
E na Surata A Caverna 18:27 (Recita [e ensina], pois, o que te foi revelado do Livro de teu Senhor, cujas palavras são imutáveis; nunca acharás amparo fora d’Ele.)
Estes versos são claros e inequívocos, o que confirma a impossibilidade de se corromper a Palavra de Deus usando um enfático NÃO. É dito sobre estes textos que são completos por causa de sua clareza e não tolera interpretação ou trocadilho, significando que é impossível para um humano alterá-la, nem mesmo uma letra dele. Qualquer um que diga outra coisa blasfemou por negar uma essencial e reconhecida parte da religião. Além disso, o Profeta (saw) nunca disse que a mensagem da Injil ou da Torá havia sido corrompida. Tampouco nenhuma hadith disse isso.
Tudo que foi dito sobre a corrupção destes livros não tem base na Lei da Sharia. Este conceito veio de alguns comentaristas ignorantes e líderes religiosos com mente deficiente. Eles prestarão contas com Deus que irá julgá-los severamente por desviarem pessoas e mentirem para Ele.
Há 7 versos do Alcorão que magnifica a Injil e 8 versos que magnificam a Torá; como podem dizer que foram corrompidas?
Não devemos ouvir os ignorantes, que mentem a Deus e conduzem erroneamente as pessoas, injusta e caluniosamente. Qualquer um que os seguir, cairão sem perceber, enquanto acusam Deus de mentiroso e sua inabilidade de cumprir Sua palavra, que é descrença, com certeza. Que Alá nos proteja desta blasfêmia e deste grande pecado.
Deus é nosso propósito e pedimos a ajuda de Alá.
 Sheik Dr. Mustafa Rashid, professor da Lei da Sharia e ganhador do título (Alem) da Universidade de Al-Azhar, Faculdade da Sharia, branch of Damanhur in1987
Email: rashed_orbit@yahoo.com; http://www.ahewar.org/m.asp?i=3699
em: http://fronteirasbrasil.org.br/artigo-03/