quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Cristãos de Camarões pedem intervenção da ONU: “estamos morrendo a cada dia”

Cristãos camaroneses estão pedindo que o mundo se atente para a onda de violência em seu país, onde as igrejas estão sendo invadidas e os fiéis forçados a fugir.
 “Precisamos da paz e da intervenção das Nações Unidas”, disse um líder metodista, que pediu para ter a identidade preservada. “Muitas pessoas estão morrendo todos os dias, casas e aldeias são queimadas, há uma multidão e famintos e também aquelas que se refugiaram na Nigéria. Não temos voz em nosso próprio país”, lamentou.
 A violência está concentrada no Oeste, região de língua inglesa do país, onde alguns grupos rebeldes criaram a autoproclamada “República da Ambazônia”, onde a religião oficial seria o Islamismo. Em Camarões, cerca de um quarto da população já é muçulmana.
 Centenas de pessoas foram mortas este ano, enquanto outras dezenas de milhares foram forçadas a fugir de suas casas. Cerca de 50 escolas e hospitais cristãos foram invadidos e pelo menos quatro igrejas foram convertidas em “quartéis” dos rebeldes.
 “O governo de Ambazônia, que controla a maior parte da nossa região, colocou um grupo de soldados nas escolas. Há tiroteios frequentes entre grupos que disputam o poder. Sequestros também são abundantes”, destaca. Setenta e nove crianças foram levadas por homens armados de uma escola da Igreja Presbiteriana, mas foram devolvidas no início de novembro. O diretor da escola acabou encerrando suas atividades.

O pastor Fonki Samuel Forba, líder da Igreja Presbiteriana no país, destacou que “muitos filhos de Deus estão sendo mortos, perseguidos ou vivendo como refugiados dentro e fora do país. A Igreja continuará ajudando nossos irmãos deslocados pelo conflito armado, que só trouxe dor e sofrimento ao nosso povo”.

em: https://noticias.gospelprime.com.br/cristaos-de-camaroes-pedem-intervencao-da-onu-estamos-morrendo-a-cada-dia/


IGREJA NO IRÃ CRESCE EM MEIO A DURAS PENAS, ISOLAMENTO E MEDO

Em 2018, o Irã prendeu, até o momento, mais de 55 cristãos por sua fé, condenando-os a longas penas. Como esta situação afeta a comunidade da igreja local?

A prisão desnecessária e extraordinariamente violenta como a do pastor Yousef Nadarkhani é apenas um dos indicadores da intensificação da caça aos cristãos na República Islâmica. “O regime iraniano continua a violar a lei internacional sobre a liberdade de religião ou crença. Nos últimos quatro meses, cerca de 20 cristãos iranianos foram presos ou condenados à prisão. Há mais casos do que publicamos, pois alguns precisam ser mantidos em segredo para garantir a segurança da pessoa envolvida”, diz Kia Aalipour da Article 18, uma organização que advoga em favor dos cristãos iranianos.
A Article 18 observou que as sentenças de prisão dadas são altas. Amin Afshar Naderi, que se converteu do islamismo ao cristianismo, recebeu uma sentença de não menos de 15 anos. “O processo judiciário é mais longo e geralmente acontece com ameaças para coagi-los a deixar o país. Aqueles que recebem sentenças altas são cristãos que se recusam a ser intimidados e a deixar o país após suas primeiras detenções. No entanto, há sinais de que agora sentenças de prisão de 5 anos ou mais também são comuns para pessoas presas pela primeira vez”, diz Kia.
Kia explica por que ele acha que o governo está aumentando a pressão sob os cristãos: “O número de cristãos convertidos aumentou, e isso tem alarmado as autoridades iranianas; portanto, eles começaram a impor mais restrições às igrejas, especialmente àquelas frequentadas por cristãos de origem muçulmana. O governo também continua sua política de empobrecer ativamente os cristãos pedindo fianças exageradamente altas. ”
Sara, da Portas Abertas, diz que a situação atual é muito prejudicial para a igreja secreta no país: “O encarceramento afeta muito os cristãos. Eu encontrei cristãos cuja vontade de compartilhar o evangelho quase desapareceu após a sua prisão. Eles pareciam ter pouco ‘espaço na mente’ para qualquer coisa que não fosse o trauma que enfrentaram. Eles precisam lidar com o trauma antes de poderem dar os próximos passos, o que pode levar anos”.
Kia diz que o que os prisioneiros realmente precisam é dar sentido a sua experiência e encontrar um significado para seu sofrimento. “Alguns são considerados heróis por um dia ou dois e depois a solidão se instaura. Somente aqueles que encontraram um significado para o seu sofrimento e o veem como uma pequena parte da maior obra-prima de Deus sobrevivem e prosperam”.
Outro problema que Sara e seus colegas veem é o dos líderes cristãos locais: “O governo identifica líderes influentes, pressiona-os e, direta ou indiretamente, obriga-os a deixar o país. Se eles não saem do país, a chance de serem presos e levados para a prisão aumenta. As longas sentenças de prisão dadas recentemente aumentam essa pressão. Um resultado do êxodo de líderes experientes é que muitos jovens cristãos acabam em posições de liderança, também, cedo demais”.
A pressão sobre cristãos locais também é alta. Uma líder da igreja no Irã compartilhou: “Muitos cristãos no Irã estão feridos e cansados, sem consolo. Eles precisam ser renovados em sua fé. E, devido à situação econômica ruim em nosso país, muitos estão emigrando”.
Os que permanecem no país muitas vezes vivem isolados, com medo de se reunirem nas igrejas domésticas. “Isso é problemático, pois sabemos que os cristãos secretos veem a comunhão como um dos aspectos mais importantes de sua vida cristã, e dizem que precisam do apoio uns dos outros para ajudá-los a crescer”, diz Kia.
Contínuo crescimento, apesar das perseguições
Isso significa que a igreja secreta está morrendo lentamente e o regime é eficaz em sua abordagem? “Não” é a resposta firme de uma líder cristã. “Depois das prisões, a maioria dos membros da nossa igreja começou a falar às suas famílias com mais ousadia sobre Cristo, e muitos novos convertidos se juntaram a nós. E, apesar do que aconteceu, ainda nos encontramos e saímos em viagens de evangelização. Apesar de nossas fraquezas, Deus tem nos usado como suas mãos”.
“Embora nem todos os cristãos sejam tão corajosos quanto este evangelista, nós realmente recebemos indicadores do número de cristãos no Irã crescendo, apesar da situação. Mas o crescimento é frágil, especialmente nessa situação. A questão é, como esses novos cristãos crescerão sem a ajuda de uma igreja doméstica ou, se estiverem em uma igreja doméstica, com um líder inexperiente?”, diz Sara.
Apesar dos riscos, líderes da igreja secreta no país não perdem a esperança e continuam a lutar. “Sou grato por poder servir a Deus no Irã. Apesar de todos os problemas e dificuldades, a misericórdia e a graça de Deus estão sempre conosco. E nós somos gratos por aqueles de fora do Irã que nos apoiam - Deus tocou seus corações”, compartilhou um deles.
Outra líder confirma que a igreja secreta iraniana, mais do que nunca, precisa da igreja livre ao lado dela: “Em primeiro lugar, graças a Deus, que fortalece e protege seu corpo. E graças a Deus pelos corações que batem pelas outras partes do corpo; pelos “Arãos” e “Hurs” que Deus colocou além de Moisés (Ex 24); e para aqueles que estendem suas mãos a Deus para orar por um despertar espiritual”.
A Portas Abertas defende aqueles que estão presos por sua fé cristã no Irã e organiza seminários pós-trauma para ex-prisioneiros que agora, permanente ou temporariamente, vivem na Turquia.

em: https://www.portasabertas.org.br/categoria/noticias/igreja-no-ira-cresce-em-meio-a-duras-penas-isolamento-e-medo

CRISTÃOS ARGELINOS AGUARDAM VEREDITO

Quatro cristãos são acusados de “incitar um muçulmano a mudar de religião” e podem ser presos e pagar multa

Os quatro cristãos, incluindo três da mesma família, são acusados de “incitar um muçulmano a mudar de religião”, uma ofensa punível com pena de dois a cinco anos de prisão e multa de 500 mil a 1 milhão de dinares argelinos (algo que se aproxima a US$ 4.350-8.700).
As acusações seguem as denúncias feitas em julho deste ano por uma mulher, de 40 anos, cujo marido, de 50, o principal acusado, se converteu ao cristianismo. Ela e os membros de sua família acusaram seu marido cristão, junto com uma família cristã, que tentou apaziguar o conflito entre o casal, de querer convertê-la ao cristianismo.
Os acusados teriam de comparecer ao tribunal no dia 6 de novembro na província de Bouira, na região de Kabyle. A audiência, no entanto, foi adiada para 27 de novembro. Nessa sessão, o tribunal ouviu ambas as partes e espera-se um veredito em 25 de dezembro de 2018.
Hoje, os cristãos argelinos pedem oração da família da fé por esse caso e pela igreja local. Ore conosco.
Pedidos de oração
  • Ore para que esses cristãos sejam absolvidos de todas as acusações.
  • Que todos os cristãos na Argélia encontrem paz, sabedoria e orientação do Senhor diante das pressões contínuas.
  • Que os responsáveis pela intimidação dos cristãos conheçam a Cristo e recebam o perdão e a nova vida oferecidos por ele.
  • Clame para que haja maior tolerância na comunidade e justiça argelinas para com os cristãos.
em: https://www.portasabertas.org.br/categoria/noticias/cristaos-argelinos-aguardam-veredito