terça-feira, 10 de outubro de 2017

Arábia Saudita permite discurso de ódio em documentos oficiais

Relatório dos Direitos Humanos diz que tom discriminatório pode influenciar decisões do governo

Um novo relatório do Observatório dos Direitos Humanos diz que estudiosos e líderes religiosos muçulmanos usam linguagem discriminatória contra minorias religiosas e as demonizam. O relatório, intitulado “Eles não são nossos irmãos – discurso de ódio de oficiais sauditas”, foi publicado na semana passada.
08-arabia-saudita-pais-permite-discurso-de-odio-em-documentos-ofciais O documento diz: “A Arábia Saudita permite que estudiosos e líderes religiosos apontados pelo governo se refiram às minorias religiosas de modo depreciativo em documentos oficiais que influenciam a tomada de decisões do governo”. “Esse discurso de ódio prolonga a discriminação sistemática contra os xiitas e, o que é pior, é usado por grupos violentos que os atacam”, diz Sara Leah Whitson, diretora do Oriente Médio do Observatório dos Direitos Humanos.

O relatório também aponta que nos últimos anos os líderes religiosos no governo têm usado a internet e as redes sociais para demonizar e incitar o ódio contra os muçulmanos xiitas e outras religiões minoritárias. Em sua publicação anterior, a organização denunciou que as escolas da Arábia Saudita usam livros didáticos que contêm linguagem de ódio em relação a qualquer outra tradição muçulmana que não a sunita. Bem como severas críticas a judeus, cristãos e pessoas de outras crenças.
 (grifos deste blog)
em: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2017/10/pais-permite-discurso-de-odio-em-documentos-oficiais

Como vivem os cristãos na Argélia


 07-argelia-como-vivem-os-cristaos-na-argelia

A igreja é formada em sua maioria por ex-muçulmanos. Ela cresce, mas ainda enfrenta perseguição

A Argélia é um país do Norte da África, região também conhecida como África branca. A igreja no país é jovem e quase todos os cristãos são de origem muçulmana. Aqueles que abandonam o islã para seguir o cristianismo enfrentam grande pressão por parte da família e da sociedade, além de ser ameaçados por grupos extremistas islâmicos. Embora o governo esteja investindo contra a militância islâmica, seus líderes políticos usam a religião para punir os cristãos.

A Cabília é uma região montanhosa no nordeste do país que abriga muitos protestantes. Há vários graus de perseguição na Argélia, uma vez que a lei proíbe oficialmente a prática de uma fé que não seja o islã. No geral, a pressão sobre os cristãos aumentou em relação ao ano passado, e o país passou da 37ª para a 36ª posição na Lista Mundial da Perseguição em 2017. A pressão é mais forte no âmbito familiar e na vida privada, para os cristãos ex-muçulmanos. Quem decide seguir a Jesus Cristo não é livre para frequentar cultos ou reuniões entre irmãos e precisa ter uma vida religiosa secreta para evitar diversos problemas e fugir dos conflitos.

A Argélia ocupa um lugar relativamente baixo no Índice de Liberdade de Imprensa. Embora formalmente a imprensa exista no país, a TV e o rádio são controlados pelo Estado. Antenas parabólicas são comuns. A mídia internacional é restrita. Mesmo assim, programas de TV cristãos via satélite têm colaborado para o aumento do número de conversões. O governo também monitora e-mails e salas de bate-papo com a justificativa de lidar com questões de terrorismo e segurança. Essa situação se agravou à medida que a ameaça à segurança do país cresceu em meio ao caos criado na região, no rescaldo da Primavera Árabe.
Apesar de alguns desenvolvimentos positivos, as tendências gerais relativas à liberdade religiosa são negativas. Cristãos ainda são presos por causa de sua fé e as ameaças a igrejas e organizações de mídia cristãs ainda ocorrem. Ore pelos nossos irmãos argelinos, para que sua fé seja fortalecida. Peça também para que os líderes tenham ousadia e sabedoria para evangelizar e discipular, e assim a igreja cresça saudável.

em: https://www.portasabertas.org.br/noticias/2017/10/como-vivem-os-cristaos-na-argelia